Na Grécia, a combinação dos termos técne (arte, destreza) e logos (palavra, fala), significam o fio condutor que abria o discurso sobre o sentido e a finalidade das artes.
Na modernidade, propiciou a visão e a reflexão sobre a técnica no sentido que possui na atualidade. O primeiro autor a considerar que a técnica poderia contribuir para o desenvolvimento e bem-estar da humanidade foi Francis Bacon.
É nas sociedades industriais e principalmente nas pós-industriais que a tecnologia se transforma em um fenômeno gerador.
Neste momento, a tecnologia é vendida como progresso, e uma sociedade que optou, explicita ou implicitamente, pela comodidade que a tecnologia lhe proporciona não tem escolha a não ser segui-la.
SABER QUE, SABER COMO.
“A Visão da ciência e da tecnologia tem levado, segundo Mendez (1989, p.27), a que só recentemente tenha surgido uma filosofia da tecnologia.” A filosofia ocidental tem marginalizado a técnica, inibindo, assim, o desenvolvimento de uma filosofia específica, que impôs a distinção entre ciência pura ciência aplicada, identificando esta última com a técnica e, em última instância, com aquele conhecimento suscetível de ser utilizado benigna ou perversamente.
Schaff (1985.p.29) resume esta postura “Nenhum avanço do conhecimento humano é reacionário ou prejudicial em si mesmo, já que tudo depende do uso que o homem fizer dele como ser social: uma mesma descoberta pode ser empregada para alcançar um novo paraíso ou um inferno muito pior que o que conhecemos até agora”.
POSIÇÕES DIANTE DO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO: A NECESSIDADE DE CRITÉRIOS PARA AVALIAR O SEU SENTIDO.
OS PARADOXOS DA TECNOLOGIA, NO COTIDIANO.
“A prioridade dada pelos governos à pesquisa cientifica e técnica é uma prova de que são as idéias pertencentes a estas áreas as que parecem que levarão a um avanço da humanidade”.
CARACTERÍSTICAS DA SOCIEDADE TECNOLÓGICA
A sociedade tecnológica caracteriza-se pela realização de uma produção em grande escala: orienta-se para o consumo de massa e para utilização de meios de comunicação de massa. Esta sociedade desenvolve-se à custa do meio natural e configura as estruturas sociais e os modelos de comportamento de forma a que se adaptem as exigências funcionais e pragmáticas da tecnologia.